terça-feira, 4 de maio de 2010

A LINGUAGEM DA MÚSICA

A música faz contraponto com o silêncio. Ela coloca cores sonoras no vazio descolorido e sem vida. Música é ritmo, melodia, som, vibração, emoção,ela tem o poder de nos envolver e de nos elevar a esferas inimagináveis.
A linguagem da música transcende as palavras, é como se a nossa voz interior se condessasse com os instrumentos e com as notas que expressam determinado estado de espírito.
Temos música dentro de nós. O nosso corpo é musical, pede ressonância, percussão. Podemos extrair e expressar a música que vive em nós em estado letárgico com a boca, as mãos, os pés e descobrir os sons mais primitivos que existem desde o início do mundo, sons que plasmaram o universo.

A música primitiva, utilizada para louvar os deuses e para pedir proteção para a plantação e para a caça, não nascia de uma criação consciente e ordenada, mas de uma necessidade de expressão emocional, que fluía e possuía a sua beleza, apesar de não ser elaborada.

MÚSICA MEDIEVAL
Durante muito tempo a música foi cultivada por transmissão oral, até que se inventou um sistema de escrita. Por volta do século IX apareceu, pela primeira vez, a pauta musical. O monge italiano Guido d’Arezzo (995 – 1050) sugeriu o uso de uma pauta de quatro linhas. O sistema é usado até hoje no canto gregoriano. A utilização do sistema silábico de dar nome às notas deve-se também ao monge Guido d’Arezzo e encontra-se num hino ao padroeiro dos músicos, São João Batista: Ut queant laxit / Ressonare fibris / Mira gestorum / Famuli tuorum / Solvi polluti / Labii reatum / Sancte Ioannes. Com o passar do tempo o Ut foi substituído pelo Dó. O tipo de música mais antigo que conhecemos consiste em uma única linha melódica cantada, sem qualquer acompanhamento. Este estilo é o chamado Cantochão ou Canto Gregoriano. Com o passar do tempo acrescentou-se outras vozes ao cantochão, criando-se as primeiras composições em estilo coral. Além do Cantochão, cantado nas igrejas, produziam-se na Idade Média muitas danças e canções. Durante os séculos XII e XIII houve intensa produção de obras em forma de canção, compostas pelos Trovadores, poetas e músicos do sul da França. As danças eram muito populares em festas e feiras e podiam ser tocadas tanto por dois instrumentos, como por um grupo mais numeroso. Os instrumentos que acompanhavam estas danças incluíam: a viela (antepassado da família do violino), o alaúde, flautas doces de vários tamanhos, gaitas de foles, o trompete recto medieval, instrumentos de percussão (triângulos, sinos, tambores, etc.). Principais Compositores Medievais: Perotin (séc. XII), Leonin (séc. XII), Guido d’Arezzo (995 – 1050), Philippe de Vitry (1290 – 1361), Guillaume de Machaut (1300 – 1377), John Dunstable (1385 – 1453).

MÚSICA CLÁSSICA

Música clássica ou música erudita é o nome dado à principal variedade de música produzida ou enraizada nas tradições da música secular e litúrgica ocidental, que abrange um período amplo que vai aproximadamente do século IX até o presente,[1] e segue cânones preestabelecidos no decorrer da história da música. As normas centrais desta tradição foram codificadas entre 1550 e 1900, intervalo de tempo conhecido como o período da prática comum.

Segundo o Dicionário Grove de Música, música erudita é música que é fruto da erudição e não das práticas folclóricas e populares. O termo é aplicado a toda uma variedade de músicas de diferentes culturas, e que é usado para indicar qualquer música que não pertença às tradições folclóricas ou populares.[2]

A música europeia distingue-se de outras formas de música, não-europeias ou populares, principalmente, por seu sistema de notação em partituras, em uso desde o século XVI.[3] O sistema ocidental de partituras é utilizado pelos compositores para prescrever, a quem executa a obra, a altura, a velocidade, a métrica, o ritmo e a exata maneira de se executar uma peça musical. Isto deixa menos espaço para práticas como a improvisação e a ornamentação ad libitum, que são ouvidas frequentemente em músicas não europeias (ver música clássica da Índia e música tradicional japonesa) e populares.[4][5] O gosto do público pela apreciação da música formal deste gênero vem entrando em declínio desde o fim do século XX, marcadamente nos países anglófonos.[6] Este período viu a música clássica ficar para trás do imenso sucesso comercial da música popular, embora o número de CDs vendidos não seja o único indicador da popularidade do gênero.[7] Oposto aos termos música popular, música folclórica ou música oriental, o termo "música clássica" abrange uma série de estilos musicais, desde intricadas técnicas composicionais (como a fuga)[8] até simples entretenimento (operetas).[9][10] O termo só apareceu originalmente no início do século XIX, numa tentativa de se "canonizar" o período que vai de Bach até Beethoven como uma era de ouro.[11] Na língua inglesa, a primeira referência ao termo foi registrada pelo Oxford English Dictionary, em cerca de 1836.[12][1] Hoje em dia, o termo "clássico" aplica-se aos dois usos: "música clássica" no sentido que alude à música escrita "modelar," "exemplar," ou seja, "de mais alta qualidade", e, stricto sensu, para se referir à música do classicismo, que abrange o final do século XVIII e parte do século XIX.[13]

Produção de texto:

1-Escreva um poema com base em uma música clássica ou um jazz.

2-Escreva umna narrativa em que o narrador-personagem conta como a música provocou uma mudança radical em sua vida.